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domingo, 26 de julho de 2009

Passos Firmes, ainda!



POESIA CHÃO

Passadas!
Andando vou lá desfazer nó em solidão,
Sou eu e todo o chão!
Madrugada gritante
Inferno de Dante.
Até quando meus passos?
Voltar ao asfalto
Largar amores
Tudo que vier é pouco
Apesar das buscas.
Aqui sempre
Lá o nunca
O sem fim
A vasta procura por minhas sombras, dogmas e medos!
Sonhos que me habitam
Assimetrias indo e vindo
Caos, estorvos, pedras, linhas e olhos.
É tempo de tudo
Próteses itinerantes
Palavras eletrônicas
Aldeias e ocas
Bebel em ruínas,
A procura quieta!
A vontade de morte a espera de um eu caído,
Será?
Montanhas de gritos,
Ecos me tomando a cara
E o cigarro com câncer!
De novo a poesia tomando ópio
Desvendando mistérios,
É rede em lugar de máquina indo aos confins
Para me encontrar em remoinhos!
Paralelepípedos, piches, ruas, passadas e calcanhares.
Legião de signos, palavras e gritos!
Nada que não seja o túnel em penumbra
Nenhuma luz que seja lanterna nas costas,
Asco se tomando
Mas que não malina.
O difícil permanecer constante.
Caminhos, tu em retirada
Tomando prova dos nove
Negando tédios, beijos gelados, frieza do tempo em torturas.
Não só o tudo aqui
Nem mais palavras soltas
Perdidas em lábios frios
Que nos leve desses sertões!
Saídas sem portas
Lugares e seus alentos
Nos contemplando de longe.

Um comentário:

  1. Poesia vida, poesia gente. Fragmentos no teu leve caminhar.
    Parabéns grande poeta, conquistador das palavras.

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