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quinta-feira, 2 de junho de 2011

O S A M A N T E S


















Eu
estrada calada deserta
Tu
caminho de pedra  movediço!
Eu
tempo que ainda  não vem
Tu
momento de mim tão amargo!
Eu
palavras soltas  e vãs
Tu
Poesia vazia incompleta!
Eu
passagem estreita sem portas
Tu
porta longa trancada!
Eu
poço aberto sem fundo
Tu
açude largo de ilusões!
Eu
chuva fina inesperada
Tu
Lamaçal de atropelos!
Eu
deserto em expansão
Tu
vácuo e solidão!
Eu
O gesto e o sempre
Tu
um rosto e o nunca!
Julho de 2009

Um comentário:

  1. Não sei se interpretei bem o poema... Ou melhor o seu contexto. Mas, penso que está a fazer um contraste entre o poeta e alguém. Pelo menos foi assim que o entendi e, gostei bastante do jogo entre o eu/tu. E entre os antagonismos entre cada descrição e das descrições que elaboram o tu. São fortes e sentimentais, quase dá para sentir raiva.
    Tem sentimento ! :)
    Atenciosamente,
    Carlos Leite, http://opintordesonhos.blogspot.com

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