Procurando o quê?

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terça-feira, 31 de março de 2009

STABLISMAN


O sorriso arrancado
As flores sintéticas pelos cômodos
Possibilidades indo embora,
Eu ainda aqui procurando sonhos
Sendo matéria prima
Verminoses incomodando bocas
Passadas lentas
Viagens perdidas na estação adiante
Papeis avulsos
Poesias arrancadas de mim
Tua boca,
Laboratório indelicado
Algemas
Carcereira de minha língua, em êxtase!

POESIA CHÃO


Passadas!
Andando vou lá desfazer nó em solidão,
Sou eu e todo o chão!
Madrugada gritante
Inferno de Dante.
Até quando meus passos?
Voltar ao asfalto
Largar amores
Tudo que vier é pouco
Apesar das buscas.
Aqui sempre
Lá o nunca
O sem fim
A vasta procura por minhas sombras, dogmas e medos!
Sonhos que me habitam
Assimetrias indo e vindo
Caos, estorvos, pedras, linhas e olhos.
É tempo de tudo
Próteses itinerantes
Palavras eletrônicas
Aldeias e ocas
Bebel em ruínas,
A procura quieta!
A vontade de morte a espera de um eu caído,
Será?
Montanhas de gritos,
Ecos me tomando acara
E o cigarro com câncer!
De novo a poesia tomando ópio
Desvendando mistérios,
É rede em lugar de máquina indo aos confins
Para me encontrar em remoinhos!
Paralelepípedos, piches, ruas, passadas e calcanhares.
Legião de signos, palavras e gritos!
Nada que não seja o túnel em penumbra
Nenhuma luz que seja lanterna nas costas,
Asco se tomando
Mas que não malina.
O difícil permanecer constante.
Caminhos, tu em retirada
Tomando prova dos nove
Negando tédios, beijos gelados, frieza do tempo em torturas.
Não só o tudo aqui
Nem mais palavras soltas
Perdidas em lábios frios
Que nos leve desses sertões!
Saídas sem portas
Lugares e seus alentos
Nos contemplando de longe.

ARMADILHAS


Te darei espinhos
Jogarei as rosas no chão
Enfiarei meus beijos nos teus bolsos
Me enganarei com as tuas palavras.

Minha voz fala aos teus ouvidos,
Mas não sou eu quem diz
Nem teus sentidos ouvem qualquer coisa
Me beije,
Mas não me toque!
Me toque
Mas não me beije!

Serei todas as coisas:
REMÉDIO
O TEMPO ESPERADO
A POESIA MANIFESTO

MÁGOAS AMOROSAS

ALDEIA UNIVERSAL

LIVROS AINDA EM PAPEL

ENCICLOPÉDIA VIRTUAL

O BARULHO DA MINHA MÁQUINA

E A TEMPESTADE ELETRÔNICA




É impossível não chegar até o labirinto
E a solidão de suas portas

LABIRINTOS


Ainda a voz não caminhou
Quando o grito proferiu passadas!

É um começo
Um ir temperando esboços, mundos, amores,
Descaminhos e a mudez do tempo!
Milênios na cara,
Desafios vindos em nós
E a confusão filosófica!
Minha corda não se soltando das ventanias
Nem o triste olhar no espelho!
Buscas e solidões quando as pernas temem caminhos,
Beijos fugindo das bocas,
Procurando sentidos.

O caminho até as pedras,
rumores dos homens cobertos por seus mantos e gestos duvidosos!
Não voltarei mais ao quarto
Nem guardarei minhas duvidas
Estenderei lenini,
Praças com barulhos, manifestos
A contemplação dos amantes!
Nada é pra hoje
É sequidão do amor
Terminando seus instantes.
Prosas com últimos suspiros
Maquinando voltas
É o querer auroras em mim!
Ir como nunca se foi
Trazendo nos cabelos
Modos, risos, alegrias!
Carnavais e máscaras renovadas
Poesia palavra
Poesia em gritos
Poesia terra!