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terça-feira, 14 de julho de 2009
Sob o olhar atento de Máximo Gorki
Aguardando a balsa, os dois deitaram-se na sombra da ribanceira e olharam muito tempo as águas turvas e rápidas do Rio Kubanh. Leonhka adormeceu, mas o Vô Arhip sentia dor surda e aborrecida no peito e não pôde dormir. No fundo marrom-escuro da terra os dois vultos encolhidos apenas apareciam, um deles pouco maior que o outro; os rostos cansados, queimados pelo sol e pelas intempéries, poeirentos, eram quase da cor de suas roupas esfarrapadas.
O comprido corpo ossudo do avô estendera-se na estreita nesga da areia amarela, que separava o rio, da ribanceira. O menino adormecido encolhera-se ao lado do velho. Leonhka, criança mirrada e franzina, parecia um galho caído do avô, velha árvore ressequida que a correnteza havia atirado à praia.
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