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segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Um pouco de curiosidade...










O QUE DIZER DE UMA POESIA QUE ABRE PORTAS?


Mais algumas palavras que saem do fundo da gaveta para alegra-los ou entristecê-los.O negócio é que elas teimam em sair para enxergar ca fora, o quanto estamos trancafiados.Não tive como contê-las, nem se eu quisesse.

Hoje mais do que nunca as portas estão abertas, todas!Algumas mais largas, outras mais estreitas, dando passagens para as saídas ou a prisão de tudo. É um labirinto! Mas eis que das cinzas um lampejo teima. Do beijo gélido um calor distante, das sobras da guerra uma bandeira tremula, dos desenganos amorosos um novo amor que bate, sacode, te apruma para novos sentidos e novos desenganos.O que seria preciso para não se perder nesse labirinto? “Não voltarei mais ao quarto, nem guardarei minhas duvidas!”.Eis aí o sentido desses pensamentos.Eis aí a poesia de novo buscando signos, desvendando enigmas.


Jair Pereira Silva

De quê se compõe o Sonho?



EU MATÉRIA

Me compuz
Novo elemento na cara!
Refiz meu compasso
Me atirei!
Minha matéria,
Palavras !!!
O tempo até a mim ha léguas.

Eu caverna escura,
Inexplorada!!!

Infinito universo
Concebendo-se,
Beijos ternos
Dúvidas
Hamonia dos contrários
Tempo pro bom amor.
O que viria
Nem uma sombra
Nem um trago,
Nem um traço!

Me compuz das mais invaliosas das pedras
Atiradas ao mar,
Das alegrias subjetivas
Atormentando meus nervos,
Das palavras e gestos delicados
Sob o fogo cruzado das guerras.

Me compuz
Da poesia máquina
Letras tortas
Amores impossíveis, gestos mágicos,
Atropelos, gente, solidão!

Me compuz
Do inconhecível, toneladas, Asfalto
O sol fervente, botas pesadas, entulho
Estômago aos gritos, febre, vozes!